quinta-feira

Mulheres independentes ou em crise com a independência conquistada?


      O mundo continua em constante evolução e nós mulheres temos contribuído nesse processo. Hoje nós assumimos vários papéis na sociedade, que vão desde ser mãe a assumir um cargo importante numa empresa. São muitos desafios que encontramos pela frente, situações para serem solucionadas, conflitos a serem sanados. Mas será que estamos preparadas para lidar com a realidade que nos cerca?
     Para falar de forma breve sobre o assunto batemos um papo com Viviane Mosé - mãe, esposa, psicóloga e psicanalista, mestre e doutora em Filosofia, autora de livros, poeta, apresentadora do programa Liberdade de Expressão na Rádio CBN, palestrante e consultora.

Poderosa – Há diferença da mulher antiga para a atual?
Viviane Mosé – Sim. Antigamente existia um modo semelhante de ser mulher, era o tipo mãe, fofa, sorridente, uma mulher que obedecia aos padrões impostos pela sociedade que vivia. Um exemplo disso era não poder suar, não demonstrar prazer sexual, não rir alto, dentre outros costumes da época. Hoje é diferente, são vários tipos de mulheres, eu diria que não dá para tentar construir um modelo da mulher contemporânea. Existe a mulher ciumenta que só pensa no marido, outra que não quer marido porque quer cuidar de outras coisas na vida, tem a que quer casar e ter filhos, mas que prioriza a carreira, enfim eu acho que todo modelo de ser mulher é divino, não importa qual seja o tipo.

Como a mulher de hoje chega a essa crise com a independência conquistada?
A mulher entra em crise quando ela se cobra demais e conseqüentemente aos outros, quando ela deixa de assumir aquilo que ela é de fato, e, se torna modelo de capa de revista, modelo de mãe, modelo para mostrar para os outros que é feliz. É hora da mulher se autocriticar seriamente e abandonar a tirania, que é a razão das crises contemporâneas femininas e que geram sofrimentos que podem assustar e afastar as pessoas mais próximas.

Poderia dar uma dica para as mulheres?
A mulher tem que ser independente e ao mesmo tempo dependente, ela não deve querer ser o centro de tudo, é preciso também saber se diminuir. Nós temos o poder da maternidade, o poder de criar os filhos, o poder profissional, mas cuidado, poder demais abafa e mata e tem muitas mulheres nessa situação. Elas têm tanto poder que acabam se oprimindo nelas mesmas. A vida está na relação de amar, ser amado, se relacionar, viver, aprender e errar.


Por  Alessandra Gualberto

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