terça-feira

ÍNDIA em módulos

                                                                 Exposição temática no CCBB mostra a Índia Mídiática
     Ao abrir as cortinas negras e retalhadas da entrada da exposição a música característica da Índia ainda não é possível ser totalmente identificada por ouvidos ocidentais, no entanto, a indumentária alegre e colorida é facilmente reconhecida.
       Nessa exposição, assim como todas que acontecem no CCBB, é possível você começar por onde quiser, não existem regras, e nem uma cronologia obrigatória que lhe faça acompanhar a mostra, mas ela está dividida em quatro módulos: Homens, Deuses, Formação da Índia Moderna e Arte Contemporânea.
        Caso você decida iniciar pelo 2º andar, onde está a arte contemporânea, talvez leve um susto, um bom susto, sobre o que verá. São quadros e uma indumentária extremamente intrigante, que lhe fazem enxergar uma Índia bem diferente daquela do filme Quem quer ser um milionário, e também da novela de Glória Perez, Caminho das índias.
        A parte sensorial da exposição é vertiginosa, e fica por conta de um cubículo que você entra como se entra em um quarto, e as projeções nas paredes se movem para cima e para baixo causando uma sensação de elevador. Esta instalação chama-se Subcontinente.
      As fotografias captam mais a Índia pobre que estamos acostumados a ver na mídia. E, que ao percorrer as salas vemos que de pobre não tem nada, deixando a parte política de lado, e sim falando de cultura, até porque esta é a ideia da exposição, mostrar a riquíssima cultura dentro desse país que conhecemos quase nada.
     Na sala reservada só para a fascinante música indiana é possível ver os instrumentos que muitos de nós conhecemos graças ao Beatle George Harrison, como o Sitar. Há também um vídeo que exibe os músicos, e outro com a típica dança indiana, Bhangra.
     É necessário algumas horas para ver todas as peças, mas é muito gratificante ver mais que Shivas e Budas sobre a Índia, embora essas figuras estejam lá obviamente, e outras também como Madre Tereza de Calcutá, e uma sala só para Mahatma Gandhi.
    Alguns detalhes como a iluminação que não valoriza a peça, e até dificultam a visualização das mesmas, e outros que não é um problema desta exposição. Mas o que mais me saltou aos olhos é o fato das legendas serem tão minúsculas, e quase sempre não muito explicativas.
    Eu senti falta do incenso na parte que se vê Khistna, até porque essa cultura foi muito perfumada por aqui com eles, e é até hoje. Tudo o que você já viu sobre a Índia na mídia está lá, e até o que não se viu também, como uma Índia cristã com direito a crucifixos, e bíblias.
     Para fechar minhas impressões sobre Índia! Lanço mão das sábias palavras daquele que foi seu maior representante: “A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.” Mahatma Gandhi.
     Até o dia 29 de janeiro de 2012 o caminho da Índia é na Rua Primeiro de Março, 66, centro/ RJ, fica aberto de terça a domingo das 9 h às 21 h. A entrada é gratuita!

Por Diva Flores






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