sexta-feira

Marcha das "Vadias"

    Tudo começou como reação ao policial Michael Sanguinetti que durante uma palestra sobre segurança realizada em abril deste ano, em Toronto, sugeriu: "Se a mulher não quer ser estuprada, melhor vestir algo mais comportado".   A partir daí, mulheres deste e de vários outros países começaram a marchar pelo direito de serem donas de seus próprios corpos em eventos que receberam o nome de Slutwalk.
    Aqui no Brasil o movimento ganhou tradução nas ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília o míni manifesto gringo: "Acredite ou não, minha minissaia não tem nada a ver com você" e muitas outras palavras de ordem ganharam uma versão brasileira: "Decote não é crime, estupro é", "Meu corpo, minhas regras", "Seja lá o que estou vestindo, sim é sim e não é não" e "Na nossa sociedade machista, todas nós somos vadias".
   Mas este não foi um fato isolado. Podemos lembrar da aluna Geisy Arruda, estudante de turismo, que em 2009 foi à faculdade com um vestido rosa curto e justo, considerado extravagante e ousado demais para os outros estudantes para frequentar uma sala de aula, e acabou gerando uma rebelião nos corredores da universidade e assim a garota acabou sendo hostilizada, sendo alvo de xingamentos de inúmeros palavrões. Devido a grande confusão gerada, a jovem saiu da faculdade escoltada por policiais que dispersaram a multidão com sprays de pimenta. O assunto que gerou grande repercussão na época. Por fim, a fofa, que não é boba, deu a volta por cima e ainda fez uso do episódio para se promover na TV.
   No fim das contas, dá para resumir em uma palavra, o que todas nós mulheres queremos: "Respeito".
 

Karina Pussenti

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